Blog: O erro de tradução que virou ficção científica - Spot Traduções
07 de dezembro de 2021
Não são poucas as famosas histórias de erros de tradução, mas assim como um erro em um laboratório pode se tornar uma descoberta científica, um erro de tradução, em alguns casos, pode se tornar uma prolífica fonte de entretenimento.
Foi o que aconteceu no ano de 1877. Giovanni Virginio Schiaparelli, na época astrônomo e diretor do Observatório Astronômico de Brera, na Itália, mapeava o planeta Marte. Ele chamou as áreas escuras e claras do planeta de “mares” e “continentes”, além de ver canais que nomeou com a palavra italiana “canali”.
O problema é que na tradução para o inglês a palavra “canali” foi traduzida para “canals”, que significa canais artificiais, como o Canal do Panamá e o Canal de Suez (concluído em 1869 e considerado uma maravilha da engenharia da época). Só que “canali” também pode ser traduzido como “channels”, que significa um canal natural, como o Canal da Mancha.
Resultado: as pessoas passaram a acreditar que realmente havia canais artificiais em Marte, o que implicava na presença de vida inteligente no planeta vermelho. E algumas pessoas levaram a “descoberta” muito a sério. Em 1895, o astrônomo americano Percival Lowel publicou o primeiro de três livros com ilustrações dos canais de Marte.
Quem ficou muito interessado no trabalho de Lowel foi o escritor britânico H. G. Wells. Em 1898, ele publicou o livro “A Guerra dos Mundos”, impulsionando o gênero ficção científica. Na história, marcianos invadem o planeta Terra provocando destruição.
H. G. Wells não foi o único. Em 1911, o escritor norte-americano Edgar Rice Burroughs publicou “A Princesa de Marte”, e usou os nomes das regiões nomeadas por Schiaparelli.
Se você não quiser correr riscos com traduções de outro planeta, conte com a Spot Traduções!
Foi o que aconteceu no ano de 1877. Giovanni Virginio Schiaparelli, na época astrônomo e diretor do Observatório Astronômico de Brera, na Itália, mapeava o planeta Marte. Ele chamou as áreas escuras e claras do planeta de “mares” e “continentes”, além de ver canais que nomeou com a palavra italiana “canali”.
O problema é que na tradução para o inglês a palavra “canali” foi traduzida para “canals”, que significa canais artificiais, como o Canal do Panamá e o Canal de Suez (concluído em 1869 e considerado uma maravilha da engenharia da época). Só que “canali” também pode ser traduzido como “channels”, que significa um canal natural, como o Canal da Mancha.
Resultado: as pessoas passaram a acreditar que realmente havia canais artificiais em Marte, o que implicava na presença de vida inteligente no planeta vermelho. E algumas pessoas levaram a “descoberta” muito a sério. Em 1895, o astrônomo americano Percival Lowel publicou o primeiro de três livros com ilustrações dos canais de Marte.
Quem ficou muito interessado no trabalho de Lowel foi o escritor britânico H. G. Wells. Em 1898, ele publicou o livro “A Guerra dos Mundos”, impulsionando o gênero ficção científica. Na história, marcianos invadem o planeta Terra provocando destruição.
H. G. Wells não foi o único. Em 1911, o escritor norte-americano Edgar Rice Burroughs publicou “A Princesa de Marte”, e usou os nomes das regiões nomeadas por Schiaparelli.
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